Minha Historia


História
Sonho de empresária vira negócio lucrativo e ajuda a gerar inúmeros empregos em RORAIMA.
“Força, Coragem e Fé”. São com estas palavras de incentivo e determinação que a empresária Janaina Melo Carvalho começa a contar sua história; são estas as palavras que traduzem características marcantes de sua personalidade e retratam parte da sua trajetória de desafios e superação,  tanto na vida pessoal como na profissional.
“Tudo começou na sala da casa da minha mãe em 2007 com mercadorias dentro de caixas, malas e sacolas”. O chão muitas vezes servia de cadeira para as clientes escolherem as mercadorias. Tudo era muito improvisado, eu usava uma mesa emprestada da minha irmã e a cadeira era da mamãe. O meu quarto servia de depósitos para guardar as mercadorias repetidas... não me preocupei em começar com uma boa estrutura, tudo que eu mas queria era começar, assegura.
Mesmo com tantas limitações e obrigada a fazer diversos “improvisos” para manter o negocio funcionando, a empresária não desistiu do seu sonho que era transformar sua empresa em uma das lojas com maior número de revendedoras do estado no segmento de bijuterias e outros acessórios femininos. “ Meu maior interesse era começar no atacado e formar uma rede de revendedoras, “Foi o que aconteceu” ,comemora.
Para conquistar os clientes, ou seja, as revendedoras para seus produtos, Janaína precisou construir esta rede de contatos. Sem recursos para investir em propagandas e publicidades para divulgar sua marca, saiu pelas ruas da cidade batendo de porta em porta oferecendo seus produtos e as vantagens em se tornar uma revendedora ou revendedor das bijuterias “ Patricinha”.
“Lembro que fiz a primeira grande compra sem ter uma única cliente e com muito esforço construí minha rede de relacionamentos, por que também sabia exatamente onde queria chegar com uma visão dentro de uma meta estabelecida”, ressalta.
No entanto, como aumento no volume de vendas a empreendedora diz que se surpreendeu quando percebeu que seu negócio havia tomado a proporção de mercado e o espaço improvisado na sala da casa da sua mãe era pequeno para atender tantos clientes. “Perc ebi que a sala da casa da minha mãe era apenas o começo e decidi dar a cara para o mercado sem medo, foi quando encarei um novo desafio: Alugar um ponto comercial”, conta.
Mas para abrir a loja, a empresária enfrentou outro dilema: qual o melhor lugar para começar um novo negócio. Foi então que resolveu abrir a loja no Terminal Intermunicipal do Caimbé, local de embarque e desembarque de passageiros que utilizam as linhas de transporte alternativo para todos os municípios do estado.
Janaína também conta que muitos amigos reprovavam o local, por não achar adequado para as pretensões da loja. Todavia, a empresária garante que tinha uma visão de negocio muito clara: queria ter revendedoras de seus produtos em todo o estado e o local era estratégico para os planos da empresária. É do terminal que partem e chegam todos os dias inúmeras pessoas, clientes em potencial para a loja, pensou ela.
“Pensei naquela mulher que moram nas cidades circunvizinhas que sonham em aumentar a renda de sua família”, recorda.
Seu maior medo era acertar na localização do ponto comercial, foi então que decidiu montar a loja bonita e organizada, no ano de 2009 no terminal. “Para mim esse lugar foi uma das melhores escolhas. Além das que revendem na capital BOA VISTA, hoje tenho revendedoras em todos os municípios do Estado de Roraima, revela.
Nascida na cidade de Redenção, no interior do Pará, Janaína chegou a Roraima com apenas seis anos de idade junto com a família, Seu pai Miguel Noleto que veio trabalhar na extração de areia e sexo e sua mãe dona de casa Maria José. Ainda na adolescência, Janaína lembra que sempre gostava de comprar e vender, e foi, segundo ela, vendendo de tudo que desenvolveu e aperfeiçoou ate hoje.
“Sempre trabalhei para ter meu dinheiro”. Tenho dom de vender . Já vendi empréstimos, sanduiches, lingeries, cosméticos, chocolates,  planos de saúde e até o caldinho da Tia Ermita... Descobri que minha área é vender. Sempre vi na venda uma oportunidade de ganhar dinheiro. Visualizava sempre os ganhos no final que sempre eram mas compensadores do que me propor a trabalhar por um salário, “Nunca fui empregada de ninguém”, enfatiza.
Após concluir o ensino médio em Boa Vista, Janaina partiu as 18 anos para Manaus capital do Amazonas para estudar Direito.
No entanto, ela confessa que durante o curso, descobriu que não era a área que pretendia atuar. Um dos fatos que a ajudou a abandonar o curso foi a rotina do trabalho. Foi nesse período que Janaína estudava e trabalhava como “preposto”, OU SEJA, ela era representante de amigo que trabalhava no ramo de representação de empresas. Com lucros de 3,5% em cima de cada venda, Janaína disse que conseguia tirar um salário de até R$ 3.500, valor calculado com base em suas vendas que ultrapassavam os R$ 100 mil.
Seu bom desempenho chamou atenção das empresas e , em seis meses ela foi convidada para ser representante diretas de grandes marcas nacionais conhecidas no mercado que atuam no ramo de confecções, bolsas, mochilas no estado de Rondônia. “Eu fui para Rondônia e me tornei representante dessas marcas nos estados de Rondônia e Acre”. Meu salário chegava ate R$ 12 Mil mensal, valor referente a comissão de 10% SOBRE AS VENDAS”, Comentou.
Uma tragédia na família obrigou Janaina a voltar para Roraima. Após seis anos em Rondônia, já estabelecida profissionalmente, a empresária decide voltar a Boa Vista para acompanhar a recuperação do irmão que acabara de sofrer um grave acidente que o deixou Tetraplégico.
“Todos os anos vinha a passeio em Roraima visitar a família e não aguentava ver meu irmão naquela situação e não estar perto para ajudar; temos uma ligação muito forte”. Chega momento que meu dinheiro não é tudo. Meu irmão vivia uma vida sem DEUS, vida vazia, refugiada na bebida, em festas, mas queria uma forma de preencher o vazio que havia dentro dele. Ao conhecer Jesus Cristo meu irmão melhorou muito no físico, emocional e espiritual. “Ele é meu melhor amigo; meu príncipe, minha vida” declarou emocionada ao reconhecer também ao grande auxilio dado pela Praª Marta Dias, amiga da família que confortou todos nessa fase de recuperação. “Meu irmão dizia que meu lugar era aqui”, completou.
Devido as circunstâncias, Janaína foi obrigada a pedir demissão das empresas em que atou como representante comercial e por isso perdeu inúmeros benefícios. Já em Boa Vista, com pouco reserva de dinheiro da rescisão do contrato montou ainda uma financeira para empréstimos pessoais, área que tinha pouco conhecimento.
“ Cheguei a fechar alguns contratos de empréstimos, mas estava no ramo que não era meu. Precisava fazer alguma coisa e tinha sempre a visão de não trabalhar para os outros. Prefiro mil vezes montar uma barraquinha no meio da rua do que ter que trabalhar como assalariada”, reconhece.
Com pouco conhecimento para lhe dar com o novo negocio, ela perdeu todo investimento, ficou sem patrimônio e sem dinheiro “nem para colocar gasolina, apenas com o carro, Olhava para o carro e dizia: agora é eu e tu e tu e eu... vou te vender”, Brinca.
Sem emprego e sem dinheiro, Janaina chegou em casa e disse para o pai que gostaria de investir em Bijuterias que ofereceu dinheiro para ela começar. Confessa que sua ideia era pequena: comprar bijuterias e revender, e para isso pediu R$ 5 Mil emprestados. Como a família não tinha e principalmente a irmã não concordou, a única alternativa era vender o carro.
Janaína não pensou duas vezes: Vendeu  o carro e comprou tudo em mercadorias. E foi assim que a empreendedora, Janaina melo começou a construir sua historia e fazer da Loja Patricinha uma marca reconhecida em todo estado de Roraima.
Quando comecei minha visão era baseada nas revendedoras de revista, mulheres que ganham sua renda extra com uma comissão de 30%. Eu oferecia 100%, por que compro diretamente do importador. “Tenho preço de mercado para competir com a concorrência”, assegura ao revelar um dos segredos do sucesso.
Sobre a escolha do nome “ Loja Patricinha” – marca patenteada e tem como logomarca a figura de uma boca feminina, ela diz que foi sua concepção própria e que partiu da ideia de que os produtos da marca e da loja cairiam na boca do povo.
Minha